Sempre é possível uma obra nova sobre o mundo da violência e da opressão das prisões. Está, por isso, em mãos do leitor este livro original do Dr. Hosmany Ramos, acusado sem provas concretas e que amarga há 3 anos uma prisão penitenciária, sem estar condenado. Horas infindáveis na solidão do cárcere, de trabalho, leitura e meditação levaram o autor a estabelecer uma nova cultura “A Cultura do Crime”, cujas teses e pontos de vista explicam a violência crescente dos nossos dias.
A análise reflexiva existencialista, bem como os argumentos excepcionais do porquê da sua prisão e fuga, constitui as estruturas deste belo ensaio, profundamente original e inovador na sua característica poético-literária.
Um romance memorável, a fascinante história do que pode afligir a alma de um homem inocente, encarcerado e uma feroz denúncia à influência da opinião - publicada sobre as atitudes da justiça.
Neste livro, o autor, com todas as suas forças, quer mostrar que a notoriedade pode ser fruto de injustiças, pois nenhum caso policial despertou tanta atenção e ocupou tanto espaço na imprensa como o “Caso Hosmany ”. Ele sentiu na pele que o poder da imprensa é muito
forte e considera que ela é capaz deformar a opinião pública, comandar o público e conduzir as decisões até mesmo do Poder Judiciário. Hosmany Ramos examina ainda a metafísica compreendendo Deus e a parábola do destino humano, as descabidas condutas de autoridade coatoras e as razões de uma nova cultura que ele descobriu: “A Cultura do Crime”, que, segundo ele, é o ponto mais importante para explicar a crescente violência dos tempos atuais o livro, apesar de tratar de sofrimento, necessidades e injustiças, não é obra de um homem em desespero, mas de um intelectual em reflexão e ação. Culto e capaz, retrata enfermidades e crises sem conduzir á destruição, mas sim à REDENÇÃO.
Esta obra possui a força admirável de alguém que grita por justiça, não encontrando eco na cela surda onde a dor é permanente, obscura, tétrica e de natureza infinita.
