Reflexões sobre a Revolução na França
Definidas pioneiramente pelo político, jurista e historiador escocês James Mackintosh (1765-1832) como um "manifesto da contrarrevolução", e descritas pelo historiador A. Cobban (1901-1968) como "o maior e o mais influente panfleto político jamais escrito, e uma contribuição clássica para a teoria política da civilização ocidental", eis as Reflexões sobre a Revolução na França, de Edmund Burke (1730-1797), publicadas em primeiro de novembro de 1790. Desde então, duas questões têm inquietado os leitores da obra. A primeira procura entender as razões que levaram um político e intelectual de histórico liberal, como Burke (defensor da causa dos católicos irlandeses, dos colonos norte-americanos e do povo indiano contra os diversos abusos das autoridades britânicas), a odiar tão radicalmente a Revolução na França. E num momento em que, como bem notou o historiador E. Halévy, "era uma ilusão compartilhada por todos os simpáticos à França na Inglaterra que a Revolução de 1789 era uma revolução de tipo inglês, uma imitação da revolução de 1688 e inspirada nas ideias inglesas". Em segundo lugar, e na esteira da primeira questão, por que o tom agressivo e veemente da obra, que levou um filósofo liberal como Isaiah Berlin a caracterizar seu autor como um inimigo da Ilustração? Este livro representa não somente a obra fundadora do moderno conservadorismo político, como avança em alguns dos principais conceitos: seja da crítica filosófica ao totalitarismo, seja da crítica historiográfica revisionista à Revolução Francesa da segunda metade do século XX.
"Foram escritas várias obras antirrevolucionárias sobre a Revolução. Burke escreveu um livro revolucionário contra a Revolução" – Novalis (1772-1801)
"[…] a Revolução Francesa é a mais espantosa que aconteceu até agora no mundo. As coisas mais surpreendentes foram produzidas, em mais de um caso, pelos meios mais absurdos e ridículos; nos modos mais ridículos, e, aparentemente, pelos mais vis instrumentos. Tudo parece fora do natural neste estranho caos de leviandade e ferocidade, onde todas as espécies de crimes misturam-se com todas as espécies de loucuras. Em vista dessa monstruosa cena tragicômica, necessariamente as paixões mais opostas se sucedem e, às vezes, se misturam, fazendo-nos passar do desprezo à indignação, do riso às lágrimas, do desprezo ao horror."
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Reflexões sobre a Revolução na França
Definidas pioneiramente pelo político, jurista e historiador escocês James Mackintosh (1765-1832) como um "manifesto da contrarrevolução", e descritas pelo historiador A. Cobban (1901-1968) como "o maior e o mais influente panfleto político jamais escrito, e uma contribuição clássica para a teoria política da civilização ocidental", eis as Reflexões sobre a Revolução na França, de Edmund Burke (1730-1797), publicadas em primeiro de novembro de 1790. Desde então, duas questões têm inquietado os leitores da obra. A primeira procura entender as razões que levaram um político e intelectual de histórico liberal, como Burke (defensor da causa dos católicos irlandeses, dos colonos norte-americanos e do povo indiano contra os diversos abusos das autoridades britânicas), a odiar tão radicalmente a Revolução na França. E num momento em que, como bem notou o historiador E. Halévy, "era uma ilusão compartilhada por todos os simpáticos à França na Inglaterra que a Revolução de 1789 era uma revolução de tipo inglês, uma imitação da revolução de 1688 e inspirada nas ideias inglesas". Em segundo lugar, e na esteira da primeira questão, por que o tom agressivo e veemente da obra, que levou um filósofo liberal como Isaiah Berlin a caracterizar seu autor como um inimigo da Ilustração? Este livro representa não somente a obra fundadora do moderno conservadorismo político, como avança em alguns dos principais conceitos: seja da crítica filosófica ao totalitarismo, seja da crítica historiográfica revisionista à Revolução Francesa da segunda metade do século XX.
"Foram escritas várias obras antirrevolucionárias sobre a Revolução. Burke escreveu um livro revolucionário contra a Revolução" – Novalis (1772-1801)
"[…] a Revolução Francesa é a mais espantosa que aconteceu até agora no mundo. As coisas mais surpreendentes foram produzidas, em mais de um caso, pelos meios mais absurdos e ridículos; nos modos mais ridículos, e, aparentemente, pelos mais vis instrumentos. Tudo parece fora do natural neste estranho caos de leviandade e ferocidade, onde todas as espécies de crimes misturam-se com todas as espécies de loucuras. Em vista dessa monstruosa cena tragicômica, necessariamente as paixões mais opostas se sucedem e, às vezes, se misturam, fazendo-nos passar do desprezo à indignação, do riso às lágrimas, do desprezo ao horror."
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Definidas pioneiramente pelo político, jurista e historiador escocês James Mackintosh (1765-1832) como um "manifesto da contrarrevolução", e descritas pelo historiador A. Cobban (1901-1968) como "o maior e o mais influente panfleto político jamais escrito, e uma contribuição clássica para a teoria política da civilização ocidental", eis as Reflexões sobre a Revolução na França, de Edmund Burke (1730-1797), publicadas em primeiro de novembro de 1790. Desde então, duas questões têm inquietado os leitores da obra. A primeira procura entender as razões que levaram um político e intelectual de histórico liberal, como Burke (defensor da causa dos católicos irlandeses, dos colonos norte-americanos e do povo indiano contra os diversos abusos das autoridades britânicas), a odiar tão radicalmente a Revolução na França. E num momento em que, como bem notou o historiador E. Halévy, "era uma ilusão compartilhada por todos os simpáticos à França na Inglaterra que a Revolução de 1789 era uma revolução de tipo inglês, uma imitação da revolução de 1688 e inspirada nas ideias inglesas". Em segundo lugar, e na esteira da primeira questão, por que o tom agressivo e veemente da obra, que levou um filósofo liberal como Isaiah Berlin a caracterizar seu autor como um inimigo da Ilustração? Este livro representa não somente a obra fundadora do moderno conservadorismo político, como avança em alguns dos principais conceitos: seja da crítica filosófica ao totalitarismo, seja da crítica historiográfica revisionista à Revolução Francesa da segunda metade do século XX.
"Foram escritas várias obras antirrevolucionárias sobre a Revolução. Burke escreveu um livro revolucionário contra a Revolução" – Novalis (1772-1801)
"[…] a Revolução Francesa é a mais espantosa que aconteceu até agora no mundo. As coisas mais surpreendentes foram produzidas, em mais de um caso, pelos meios mais absurdos e ridículos; nos modos mais ridículos, e, aparentemente, pelos mais vis instrumentos. Tudo parece fora do natural neste estranho caos de leviandade e ferocidade, onde todas as espécies de crimes misturam-se com todas as espécies de loucuras. Em vista dessa monstruosa cena tragicômica, necessariamente as paixões mais opostas se sucedem e, às vezes, se misturam, fazendo-nos passar do desprezo à indignação, do riso às lágrimas, do desprezo ao horror."

Product Details

ISBN-13: 9788552100874
Publisher: Edipro
Publication date: 08/13/2019
Sold by: Bookwire
Format: eBook
Pages: 256
File size: 5 MB
Language: Portuguese

About the Author

Edmund Burke nasceu em 12 de janeiro de 1729 na cidade de Dublin (Irlanda), e faleceu em Beaconsfield (Reino Unido) no dia 9 de julho de 1797. Filósofo e político anglo-irlandês, antes de escrever Reflexões sobre a Revolução na França, dedicou-se a um tratado de estética: A philosophical inquiry into the origin of our ideas of the Sublime and Beautiful [Uma investigação filosófica sobre a origem de nossas ideias do Sublime e do Belo], ainda sem edição em português, e a outros textos conhecidos por serem da fase pré-revolucionária.
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