Paratopia e proxêmica discursiva: discurso e resistência na literatura

Paratopia e proxêmica discursiva: discurso e resistência na literatura

by Rosângela Carreira
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Overview

Este trabalho insere-se nos princípios teórico-metodológicos da Análise do Discurso de linha Francesa com o objetivo de analisar e compreender as estratégias discursivas presentes em Vencidos e Degenerados de José do Nascimento Moraes que compõem o discurso da negritude que emana das cenas de enunciação e avaliar o papel da paratopia, numa possível definição ou caracterização proxêmica testemunho-documental. Trata-se de tema relevante, uma vez que a paratopia relacionada ao discurso literário, bem como o discurso da negritude, são temas ainda pouco explorados academicamente, servindo como categorias para análises gerais no âmbito literário e para análise da condição do negro na História do Brasil. Partimos da hipótese de que o ideal de negritude que se apresenta no discurso literário consubstancia-se em testemunho-documental porque se constrói e é legitimado, a partir do deslocamento de paratopias e atopias entrelaçadas com a historicidade discursiva, supomos que o discurso testemunho-documental se apresenta nesse movimento de deslocamento para legitimação de um discurso ou de um ideal, que configura uma espécie de "desenho estilístico ou semiótico" do discurso testemunhal, que chamaremos de proxêmica discursiva. Para nosso estudo, utilizamos como respaldo teórico, principalmente, os estudos da Análise do Discurso de Maingueneau (2010, 2008a, 2008b, 2008c, 2007, 2006, 2001, 2000, 1996, 1992 e 1983), Charaudeau (2004, 2005 e 2012) e Foucault (1992, 2004, 2005a e 2005b), utilizamos conceitos da Teoria Literária, da Filosofia, Sociologia e Antropologia extraídos de Lucáks (2000), Bakthin (2003), Benjamin (1985) , de De Marco (2004), Seligman-Silva (2006) e Bosi (1995), Fernandes (2006, 2008 e 2005-6), Munanga (2004, 2006, 2007 e 2009), Hall (2013), Fanon (2008) e Bhabha (1998) como elementos para análise do aspecto testemunhal discursivo e para respaldar nosso olhar para as condições sócio-históricas de produção. Comprovamos nossa hipótese de que o testemunho documental se dá de forma paratópica e ampliamos a análise dessa categoria em outras possibilidades que chamamos de paratopia: autoral, afásica, investigativa, documental, testemunhal e testemunho-documental.

Product Details

ISBN-13: 9786555060584
Publisher: Editora Blucher
Publication date: 09/18/2020
Sold by: Bookwire
Format: eBook
Pages: 220
File size: 2 MB
Language: Portuguese

About the Author

É professora efetiva de Leitura e Produção de Textos da UFG (Universidade Federal de Goiás), é colaboradora da Avalia Educacional/Ed. Moderna que compreendem composição de itens avaliativos, correção de redações e coordenação de corretores de exames de larga escala, bem como, formação de professores em diferentes regiões do país.Também tem experiência na elaboração de projetos educacionais presenciais e EaD nas plataformas blackboard e moodle em instituições educacionais e corporativas, com ênfase em códigos e linguagens e escrita de materiais, atuando principalmente nos seguintes temas:dinâmicas de planejamento, ensino de língua estrangeira (espanhol), leitura e produção de textos, linguagem jurídica, discurso pedagógico, português para fins específicos e projetos educacionais. É líder do Grupo de Pesquisa Discurso Cultura e Ensino (DICE), criadora e organizadora do Grupo de Divulgação Científica DICE em rede composto por diferentes Instituiçôes nacionais e internacionais. Faz parte também do grupo de pesquisa da PUC/SP: Memória e Cultura na Língua Portuguesa escrita no Brasil e Discurso e Cultura (DISCULT) sob a liderança do Prof. Dr. Jarbas Vargas Nascimento. Atualmente, suas pesquisas são pautadas na Análise de Discurso de linha francesa com foco na relação entre discurso, cultura e sociedade principalmente no âmbito educacional no que concerne a projetos de Leitura e Produção. Também iniciou Projeto de Pesquisa e Estudos em Linguística Forense.

Table of Contents

INTRODUÇÃO CAPÍTULO I NA CALADA DA HISTORICIDADE 1.1 História e historicidade discursiva 1.2 Historicidade: colônia, abolição e república 1.3 Historicidade: teorias racistas e racismo 1.4 Historicidade e identidade: a negritude conceituada CAPÍTULO II APRESENTAÇÃO DE JOSÉ DO NASCIMENTO MORAES, O INVENCÍVEL DEGENERADO 2.1 Condições sócio-históricas de produção 2.2 O jornalista: "Auto-proclamado um lutador" 2.3 Produção 2.3.1 Puxos e Repuxos 2.3.2 Neurose do Medo e 100 Artigos 2.3.2 Vencidos e Degenerados CAPÍTULO III SEMÂNTICA E POLÊMICA: NAS IMEDIAÇÕES DO DISCURSO 3.1 Nas veredas do discurso 3.2. Nosso latifúndio: a Análise do Discurso 3.3. Formação discursiva e interincompreensão 3.4.Facetas de um itinerário: cena genérica, cena englobante e cenografia 3.5.Ethos e identidade: interstícios discursivos CAPÍTULO IV DISCURSO CONSTITUINTE: NAS FRONTEIRAS DO VEROSSÍMIL 4. 1. Discurso Literário: um discurso constituinte por excelência 4.2. Discurso Literário 4.3 Gêneros do discurso: romance x Testemunho literário 4.3.1. Historicidade e genericidade no romance 4.3.2. Romance testemunho-documental: às margens do romance CAPÍTULO V PARATOPIA e PROXÊMICA: MÚLTIPLAS FACES DE UM MULTIVERSO DISCURSIVO 5.1 O lugar do dizer 5.2 A paratopia 5.2.1 Uma análise paratópica ilustrativa: a morte do autor 5.3 Proxêmica: o design do dizer CAPÍTULO VI O DISCURSO DA NEGRITUDE EM VENCIDOS E DEGENERADOS: UM DISCURSO TESTEMUNHO-DOCUMENTAL PARATÓPICO188 6.1. Situação Comunicativa testemunhal: universo, campo e espaço discursivo em Vencidos e Degenerados 6.2. Discurso da Negritude e o ethos do negro na sociedade maranhense 6.3. Escravidão, abolição e república: práticas sociais e discurso da negritude. 6.4 Paratopia, atopia e testemunho em Vencidos e Degenerados 6.5 Proxêmica discursiva em Vencidos e Degenerados DA CONCLUSÃO AO PRENÚNCIO: O ENTRE-LUGAR E A PARATOPIA REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SITES
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