Laboratório Palestina: como Israel exporta tecnologia de ocupação para o mundo

Israel desenvolveu um setor armamentista de categoria internacional, graças à conveniência de poder utilizar equipamentos em territórios palestinos ocupados para depois vendê-los como "testados em batalha". Graças à marca IDF [Israel Defense Forces], empresas de segurança israelenses figuram entre as mais bem-sucedidas do mundo. O Laboratório Palestina é um tradicional ponto de venda israelense. […] Essa vantagem vem sendo construída há muito tempo. Em Pobre nação, relato seminal do jornalista Robert Fisk sobre a guerra civil libanesa, fica claro que o manual militar e retórico israelense estava sendo desenvolvido no início da década de 1980, quando o país invadiu e ocupou o Líbano de forma desastrosa. Já naquela época, os israelenses usavam o termo "precisão cirúrgica" para descrever os ataques de sua força aérea. O saldo de incontáveis civis libaneses inocentes assassinados nos bombardeios testemunha a falácia do termo. No entanto, como mostro em Laboratório Palestina, o fracasso militar no Líbano não impediu que Israel usasse a guerra como vitrine de armamentos e táticas. Sua propaganda ofereceu um atraente elixir às nações que compraram a ilusão de que o Estado judeu poderia ajudá-las com seus próprios problemas internos. Isso não era de todo uma mentira, mas o imenso custo humano nunca foi considerado na equação.

— Antony Loewenstein, na Introdução

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Laboratório Palestina: como Israel exporta tecnologia de ocupação para o mundo

Israel desenvolveu um setor armamentista de categoria internacional, graças à conveniência de poder utilizar equipamentos em territórios palestinos ocupados para depois vendê-los como "testados em batalha". Graças à marca IDF [Israel Defense Forces], empresas de segurança israelenses figuram entre as mais bem-sucedidas do mundo. O Laboratório Palestina é um tradicional ponto de venda israelense. […] Essa vantagem vem sendo construída há muito tempo. Em Pobre nação, relato seminal do jornalista Robert Fisk sobre a guerra civil libanesa, fica claro que o manual militar e retórico israelense estava sendo desenvolvido no início da década de 1980, quando o país invadiu e ocupou o Líbano de forma desastrosa. Já naquela época, os israelenses usavam o termo "precisão cirúrgica" para descrever os ataques de sua força aérea. O saldo de incontáveis civis libaneses inocentes assassinados nos bombardeios testemunha a falácia do termo. No entanto, como mostro em Laboratório Palestina, o fracasso militar no Líbano não impediu que Israel usasse a guerra como vitrine de armamentos e táticas. Sua propaganda ofereceu um atraente elixir às nações que compraram a ilusão de que o Estado judeu poderia ajudá-las com seus próprios problemas internos. Isso não era de todo uma mentira, mas o imenso custo humano nunca foi considerado na equação.

— Antony Loewenstein, na Introdução

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Israel desenvolveu um setor armamentista de categoria internacional, graças à conveniência de poder utilizar equipamentos em territórios palestinos ocupados para depois vendê-los como "testados em batalha". Graças à marca IDF [Israel Defense Forces], empresas de segurança israelenses figuram entre as mais bem-sucedidas do mundo. O Laboratório Palestina é um tradicional ponto de venda israelense. […] Essa vantagem vem sendo construída há muito tempo. Em Pobre nação, relato seminal do jornalista Robert Fisk sobre a guerra civil libanesa, fica claro que o manual militar e retórico israelense estava sendo desenvolvido no início da década de 1980, quando o país invadiu e ocupou o Líbano de forma desastrosa. Já naquela época, os israelenses usavam o termo "precisão cirúrgica" para descrever os ataques de sua força aérea. O saldo de incontáveis civis libaneses inocentes assassinados nos bombardeios testemunha a falácia do termo. No entanto, como mostro em Laboratório Palestina, o fracasso militar no Líbano não impediu que Israel usasse a guerra como vitrine de armamentos e táticas. Sua propaganda ofereceu um atraente elixir às nações que compraram a ilusão de que o Estado judeu poderia ajudá-las com seus próprios problemas internos. Isso não era de todo uma mentira, mas o imenso custo humano nunca foi considerado na equação.

— Antony Loewenstein, na Introdução


Product Details

ISBN-13: 9786560080560
Publisher: Editora Elefante
Publication date: 09/04/2024
Sold by: Bookwire
Format: eBook
Pages: 368
File size: 3 MB
Language: Portuguese

About the Author

Antony Loewenstein é jornalista investigativo independente, escritor e cineasta australiano de origem judaica alemã. Trabalhou em dezenas de países, incluindo no Sudão do Sul, em 2015, e em Jerusalém Oriental, entre 2016 e 2020. Como jornalista, contribuiu para veículos como The New York TimesThe GuardianThe Washington PostAl Jazeera e The New York Review of Books. É autor de Disaster Capitalism: Making a Killing out of Catastrophe [Capitalismo do desastre: fazendo fortuna com a catástrofe] (Verso, 2015); Profits of Doom: How Vulture Capitalism is Swallowing the World [Lucros da destruição: como o capitalismo de rapina está destruindo o mundo] (Melbourne University Press, 2013); e My Israel Question [Minha questão com Israel] (Melbourne University Press, 2011), entre outros títulos. Com Ahmed Moor, lançou After Zionism: One State for Israel and Palestine [Depois do sionismo: um Estado para Israel e Palestina] (Saqi, 2024). Em 2023, Laboratório Palestina recebeu menção honrosa no prêmio Moore e venceu o prêmio Walkley Book da Austrália; em 2024, venceu o prêmio Victorian Premier's Literary, na categoria escolha do público.
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