A (in)visível presença do ser: diálogos entre Cézanne e Merleau-Ponty
Paul Cézanne, um dos maiores pintores modernos, chamado mesmo por Pablo Picasso de O Grande Mestre, é tomado nesse livro como a referência fundamental de ruptura com a arte, a ciência e a Filosofia clássicas. O livro descreve como Maurice Merleau-Ponty vê na obra do pintor uma possibilidade de superação de uma Filosofia que não leva em conta o contato primordial com o mundo e o transforma em pensamento. Cézanne habita o mundo e faz parte dele, por isso não precisa pensá-lo para pintar, mas apenas vivê-lo. A construção da expressão na tela é realizada por Cézanne através de uma promiscuidade entre o visível e o invisível que possibilita, por um ato criador, a experiência com o Ser enquanto presença. Cézanne pinta o mundo em seu estado bruto, livre dos grilhões de uma tradição pictórica, ele pinta a partir de sua própria carne. Usa as cores para colocar na tela o phatos que assombra, incomoda e espanta, que traz à tona contradições e expressa a plenitude e os paradoxos do contato do corpo vivo com o mundo. Ele se envereda na tarefa do filósofo e cumpre-a de uma maneira autêntica. É essa lição que nos deixa Merleau-Ponty ao dedicar uma ensaio a Cézanne: a filosofia precisa "reaprender a ver o mundo", um mundo que se mostra a cada segundo em seu contato direto e primordial. Que nos assombra antes mesmo de pensá-lo e que já está aí, antes de qualquer tematização que podemos fazer dele, um mundo que é, assim como a pintura de Cézanne, presença, instauração do ser e expressão da verdade.
"1137057884"
A (in)visível presença do ser: diálogos entre Cézanne e Merleau-Ponty
Paul Cézanne, um dos maiores pintores modernos, chamado mesmo por Pablo Picasso de O Grande Mestre, é tomado nesse livro como a referência fundamental de ruptura com a arte, a ciência e a Filosofia clássicas. O livro descreve como Maurice Merleau-Ponty vê na obra do pintor uma possibilidade de superação de uma Filosofia que não leva em conta o contato primordial com o mundo e o transforma em pensamento. Cézanne habita o mundo e faz parte dele, por isso não precisa pensá-lo para pintar, mas apenas vivê-lo. A construção da expressão na tela é realizada por Cézanne através de uma promiscuidade entre o visível e o invisível que possibilita, por um ato criador, a experiência com o Ser enquanto presença. Cézanne pinta o mundo em seu estado bruto, livre dos grilhões de uma tradição pictórica, ele pinta a partir de sua própria carne. Usa as cores para colocar na tela o phatos que assombra, incomoda e espanta, que traz à tona contradições e expressa a plenitude e os paradoxos do contato do corpo vivo com o mundo. Ele se envereda na tarefa do filósofo e cumpre-a de uma maneira autêntica. É essa lição que nos deixa Merleau-Ponty ao dedicar uma ensaio a Cézanne: a filosofia precisa "reaprender a ver o mundo", um mundo que se mostra a cada segundo em seu contato direto e primordial. Que nos assombra antes mesmo de pensá-lo e que já está aí, antes de qualquer tematização que podemos fazer dele, um mundo que é, assim como a pintura de Cézanne, presença, instauração do ser e expressão da verdade.
5.99 In Stock
A (in)visível presença do ser: diálogos entre Cézanne e Merleau-Ponty

A (in)visível presença do ser: diálogos entre Cézanne e Merleau-Ponty

by Tiago Jesus de Sousa
A (in)visível presença do ser: diálogos entre Cézanne e Merleau-Ponty

A (in)visível presença do ser: diálogos entre Cézanne e Merleau-Ponty

by Tiago Jesus de Sousa

eBook

$5.99 

Available on Compatible NOOK devices, the free NOOK App and in My Digital Library.
WANT A NOOK?  Explore Now

Related collections and offers

LEND ME® See Details

Overview

Paul Cézanne, um dos maiores pintores modernos, chamado mesmo por Pablo Picasso de O Grande Mestre, é tomado nesse livro como a referência fundamental de ruptura com a arte, a ciência e a Filosofia clássicas. O livro descreve como Maurice Merleau-Ponty vê na obra do pintor uma possibilidade de superação de uma Filosofia que não leva em conta o contato primordial com o mundo e o transforma em pensamento. Cézanne habita o mundo e faz parte dele, por isso não precisa pensá-lo para pintar, mas apenas vivê-lo. A construção da expressão na tela é realizada por Cézanne através de uma promiscuidade entre o visível e o invisível que possibilita, por um ato criador, a experiência com o Ser enquanto presença. Cézanne pinta o mundo em seu estado bruto, livre dos grilhões de uma tradição pictórica, ele pinta a partir de sua própria carne. Usa as cores para colocar na tela o phatos que assombra, incomoda e espanta, que traz à tona contradições e expressa a plenitude e os paradoxos do contato do corpo vivo com o mundo. Ele se envereda na tarefa do filósofo e cumpre-a de uma maneira autêntica. É essa lição que nos deixa Merleau-Ponty ao dedicar uma ensaio a Cézanne: a filosofia precisa "reaprender a ver o mundo", um mundo que se mostra a cada segundo em seu contato direto e primordial. Que nos assombra antes mesmo de pensá-lo e que já está aí, antes de qualquer tematização que podemos fazer dele, um mundo que é, assim como a pintura de Cézanne, presença, instauração do ser e expressão da verdade.

Product Details

ISBN-13: 9786586270242
Publisher: Editora Cajuína
Publication date: 05/17/2020
Sold by: Bookwire
Format: eBook
Pages: 130
File size: 13 MB
Note: This product may take a few minutes to download.
Language: Portuguese

About the Author

Professor Assistente de Filosofia na Universidade Federal do Amazonas, é licenciado em Filosofia pela Universidade Estadual de Santa Cruz, mestre também em Filosofia pela Universidade Federal da Paraíba e atualmente desenvolve sua pesquisa de doutoramento na Universidade de Coimbra. Membro do The International Merleau-Ponty Circle e do Grupo Fenomenologia da Percepção (UFPB/UFMG), concentra seus estudos em Filosofia da arte, imagem, teorias do corpo e percepção.

Table of Contents

Introdução As palavras e os gestos filosóficos de Merleau-Ponty O corpo O mundo A percepção A carne A pintura e a nudez do mundo A perspectiva O contorno e a cor O olhar e o gesto A pintura pré-reflexiva Perfeição e selvageria O cientificismo e a percepção A pintura, o espaço e as coisas Os outros, o homem e o pintor O mundo e a pintura A pintura de Cézanne como expressão de presença A pintura e o visível A pintura, o ser bruto e a verticalidade Considerações finais
From the B&N Reads Blog

Customer Reviews