A dificuldade de ser
A dificuldade de estar em um mundo cheio de fronteiras, regras e compartimentos pode ter sido o motivo que levou Jean Cocteau a expressar a sua dificuldade de ter um só corpo, sendo múltiplo. E esse corpo diversas vezes autorretratado, por meio do desenho, da escrita ou do cinema, não teria sido o corpo escolhido, embora tivesse mãos prodigiosas. Coube, então, a essas mãos certo toque de Midas: transformar tudo não em ouro, mas em arte – uma conversa, a frivolidade, o riso, um sonho, a juventude, a beleza, a amizade, os costumes, a responsabilidade, o trabalho, a leitura, casas assombradas, a infância, a dor, a morte… A dificuldade de ser Jean Cocteau foi, também, fruto de uma armadilha construída pelas lendas que o envolveram. Cocteau foi, ao mesmo tempo, o mais célebre e o mais desconhecido dos poetas, e disso se queixava. Mas o seu ser já não era exato, era um mundo em si, físico e abstrato. Um mundo onde não havia distinção entre a obra e a vida, entre a ficção e a realidade. Então, eis um livro-testamento, como em outro momento houve um filme; um autorretrato literário que segue a tradição pictórica do espelho revelando o artista, os seus instrumentos e o seu método, enfim, o seu ato de criação. Wellington Júnio Costa
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A dificuldade de ser
A dificuldade de estar em um mundo cheio de fronteiras, regras e compartimentos pode ter sido o motivo que levou Jean Cocteau a expressar a sua dificuldade de ter um só corpo, sendo múltiplo. E esse corpo diversas vezes autorretratado, por meio do desenho, da escrita ou do cinema, não teria sido o corpo escolhido, embora tivesse mãos prodigiosas. Coube, então, a essas mãos certo toque de Midas: transformar tudo não em ouro, mas em arte – uma conversa, a frivolidade, o riso, um sonho, a juventude, a beleza, a amizade, os costumes, a responsabilidade, o trabalho, a leitura, casas assombradas, a infância, a dor, a morte… A dificuldade de ser Jean Cocteau foi, também, fruto de uma armadilha construída pelas lendas que o envolveram. Cocteau foi, ao mesmo tempo, o mais célebre e o mais desconhecido dos poetas, e disso se queixava. Mas o seu ser já não era exato, era um mundo em si, físico e abstrato. Um mundo onde não havia distinção entre a obra e a vida, entre a ficção e a realidade. Então, eis um livro-testamento, como em outro momento houve um filme; um autorretrato literário que segue a tradição pictórica do espelho revelando o artista, os seus instrumentos e o seu método, enfim, o seu ato de criação. Wellington Júnio Costa
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A dificuldade de estar em um mundo cheio de fronteiras, regras e compartimentos pode ter sido o motivo que levou Jean Cocteau a expressar a sua dificuldade de ter um só corpo, sendo múltiplo. E esse corpo diversas vezes autorretratado, por meio do desenho, da escrita ou do cinema, não teria sido o corpo escolhido, embora tivesse mãos prodigiosas. Coube, então, a essas mãos certo toque de Midas: transformar tudo não em ouro, mas em arte – uma conversa, a frivolidade, o riso, um sonho, a juventude, a beleza, a amizade, os costumes, a responsabilidade, o trabalho, a leitura, casas assombradas, a infância, a dor, a morte… A dificuldade de ser Jean Cocteau foi, também, fruto de uma armadilha construída pelas lendas que o envolveram. Cocteau foi, ao mesmo tempo, o mais célebre e o mais desconhecido dos poetas, e disso se queixava. Mas o seu ser já não era exato, era um mundo em si, físico e abstrato. Um mundo onde não havia distinção entre a obra e a vida, entre a ficção e a realidade. Então, eis um livro-testamento, como em outro momento houve um filme; um autorretrato literário que segue a tradição pictórica do espelho revelando o artista, os seus instrumentos e o seu método, enfim, o seu ato de criação. Wellington Júnio Costa

Product Details

ISBN-13: 9788582175149
Publisher: Autêntica Editora
Publication date: 12/05/2016
Sold by: Bookwire
Format: eBook
Pages: 208
File size: 1 MB
Language: Portuguese

About the Author

Jean Cocteau Nasceu em Maisons-Laffitte, França, no dia 5 de julho de 1889. Foi poeta, romancista, dramaturgo, desenhista, fotógrafo, e cineasta, além de escrever argumentos para dança. Participou, à sua maneira, de várias correntes e manifestações artísticas de vanguarda, como o cubismo, o dadaísmo e o surrealismo. Amigo de Picasso, Chanel, Satie e Apollinaire, Cocteau apoiou talentos como Raymond Radiguet, Jean Marais e Jean Genet. Seu filme A Bela e a Fera (1946) é considerado uma das obras primas do cinema francês. Em 1947, publicou A dificuldade de ser. Foi eleito à Academia Real da Bélgica e à Academia Francesa de Letras em 1955 e recebeu o título de Doutor Honoris Causa em Letras da Universidade de Oxford em 1956. Faleceu no dia 11 de outubro de 1963, na sua casa, hoje aberta à visitação, em Milly-la-Forêt, a pouco mais de 50 km de Paris. Em 2011, na cidade de Menton, no sul da França, foi inaugurado o Museu Jean Cocteau.
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