Contos infantis: em verso e prosa adoptados para uso das escolas primarias do Brasil
Os Contos Infantis são umas narrações singellas, em que procuramos fazer sentir aos pequeninos paixões boas, levando-os com amenidade de historia a historia.
Alguns episódios podem ser tidos como não naturaes; são aquelles em que as flores faliam e os animaes raciocinam; mas isso mesmo o fizemos como tactica subtil, para tornarmos animaes e flores comprehendidos e estimados pelas criancinhas.
Assim, todas as nossas historias são simples; narrares de factos realizados, muitas. Julgamos que quanto mais approximado fôr da verdade o assumpto, mais interesse desperta em quem o lê. D'esta arte o pequeno leitor seguirá, entretido, a historia de uma menina pobre; de uns pombinhos mansos; de uma velha engelhadinha e tremula; de um burrinho trabalhador: ou de uma mãe carinhosa, —parecendo-lhe ver: na menina pobre, a filha de um vizinho; nos pombos mansos, uns que lá vão a miude ao seu jardim, e aos quaes nunca mais fará mal; na velhinha, a sua avo querida: no burrinho trabalhador e paciente, o pobre burro magro de um carroceiro bruto; e, finalmente, na mãe carinhosa, a sua própria mãe!
Elle verá então com sympathia os que soffrem, affeiçoando-se assim á grande familia dos infelizes!
O nosso fito é a educação moral e esthetica; um desejo que, por ser bem intencionado, nos deve ser permittido.
Diligenciámos dar á fórma e ao estylo simplicidade e correcção, naturalidade e sentimento, coisas que se devem alliar principalmente nas paginas de propósito escriptas para crianças. A clareza dos conceitos o a verdade são elementos saudáveis para o seu espirito, que se vae assim formando sem esforço, bebendo seiva natural e vivificadora.
Não cremos que este pobre livro alcance em absoluto o nosso intento, mas temos a convicção de que não será inútil; porque, se não basta a boa vontade para se escrever uma obra que impressione e que corrija erros, são incontestavelmente de grande valor, para o espirito mobil das crianças, umas phrases bondosas, em que a virtude derrame o seu perfume suave, capaz de modificar Ímpetos de génio o indifferença pelo soffrimento alheio.
Que uma unica das crianças, que nos lerem, pratique, imitando um de nossos heroes, uma acção boa, e ficaremos bem pagas da canceira.
Temos lido muitos livros injustamente classificados, ou antes, destinados para a infancia. Que conteem, na sua maior parte? Historias insulsas e banaes, ou phantasias absurdas e intrincadas, que só uma intelligencia amadurecida pode entender.
Para a comprehensão das crianças toda a violência é mi. Se lêem com attenção, fatigam-se em busca da verdadeira idéa occulta entre os labyrinthos da phrase; se não lêem com attenção, se o fazem machinalmente, perdem um trabalho, que as enfada, e que nada de bom lhes deixa.
É preciso ter se consciencia de tudo o que se faz.
Diz P. J. Stahl, no prefacio do delicioso livro de Luiz Ratisbonne —Comédie enfantine— que é necessário alimentar o espirito das crianças, rumo o seu corpo, com o que ha de mais puro e silo.
E é bem certo isso.
Condemna com justiça esse escriptor os livros feitos ás dúzias, ao correr da penna, e destinados á infancia; livros sem relevo, sem aroma, e aos quaes está reservado o direito de fallar em primeiro logar e ao que ha de mais subtil, de mais fino e delicado neste mundo, —á imaginação e ao coração das crianças!
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Alguns episódios podem ser tidos como não naturaes; são aquelles em que as flores faliam e os animaes raciocinam; mas isso mesmo o fizemos como tactica subtil, para tornarmos animaes e flores comprehendidos e estimados pelas criancinhas.
Assim, todas as nossas historias são simples; narrares de factos realizados, muitas. Julgamos que quanto mais approximado fôr da verdade o assumpto, mais interesse desperta em quem o lê. D'esta arte o pequeno leitor seguirá, entretido, a historia de uma menina pobre; de uns pombinhos mansos; de uma velha engelhadinha e tremula; de um burrinho trabalhador: ou de uma mãe carinhosa, —parecendo-lhe ver: na menina pobre, a filha de um vizinho; nos pombos mansos, uns que lá vão a miude ao seu jardim, e aos quaes nunca mais fará mal; na velhinha, a sua avo querida: no burrinho trabalhador e paciente, o pobre burro magro de um carroceiro bruto; e, finalmente, na mãe carinhosa, a sua própria mãe!
Elle verá então com sympathia os que soffrem, affeiçoando-se assim á grande familia dos infelizes!
O nosso fito é a educação moral e esthetica; um desejo que, por ser bem intencionado, nos deve ser permittido.
Diligenciámos dar á fórma e ao estylo simplicidade e correcção, naturalidade e sentimento, coisas que se devem alliar principalmente nas paginas de propósito escriptas para crianças. A clareza dos conceitos o a verdade são elementos saudáveis para o seu espirito, que se vae assim formando sem esforço, bebendo seiva natural e vivificadora.
Não cremos que este pobre livro alcance em absoluto o nosso intento, mas temos a convicção de que não será inútil; porque, se não basta a boa vontade para se escrever uma obra que impressione e que corrija erros, são incontestavelmente de grande valor, para o espirito mobil das crianças, umas phrases bondosas, em que a virtude derrame o seu perfume suave, capaz de modificar Ímpetos de génio o indifferença pelo soffrimento alheio.
Que uma unica das crianças, que nos lerem, pratique, imitando um de nossos heroes, uma acção boa, e ficaremos bem pagas da canceira.
Temos lido muitos livros injustamente classificados, ou antes, destinados para a infancia. Que conteem, na sua maior parte? Historias insulsas e banaes, ou phantasias absurdas e intrincadas, que só uma intelligencia amadurecida pode entender.
Para a comprehensão das crianças toda a violência é mi. Se lêem com attenção, fatigam-se em busca da verdadeira idéa occulta entre os labyrinthos da phrase; se não lêem com attenção, se o fazem machinalmente, perdem um trabalho, que as enfada, e que nada de bom lhes deixa.
É preciso ter se consciencia de tudo o que se faz.
Diz P. J. Stahl, no prefacio do delicioso livro de Luiz Ratisbonne —Comédie enfantine— que é necessário alimentar o espirito das crianças, rumo o seu corpo, com o que ha de mais puro e silo.
E é bem certo isso.
Condemna com justiça esse escriptor os livros feitos ás dúzias, ao correr da penna, e destinados á infancia; livros sem relevo, sem aroma, e aos quaes está reservado o direito de fallar em primeiro logar e ao que ha de mais subtil, de mais fino e delicado neste mundo, —á imaginação e ao coração das crianças!
Contos infantis: em verso e prosa adoptados para uso das escolas primarias do Brasil
Os Contos Infantis são umas narrações singellas, em que procuramos fazer sentir aos pequeninos paixões boas, levando-os com amenidade de historia a historia.
Alguns episódios podem ser tidos como não naturaes; são aquelles em que as flores faliam e os animaes raciocinam; mas isso mesmo o fizemos como tactica subtil, para tornarmos animaes e flores comprehendidos e estimados pelas criancinhas.
Assim, todas as nossas historias são simples; narrares de factos realizados, muitas. Julgamos que quanto mais approximado fôr da verdade o assumpto, mais interesse desperta em quem o lê. D'esta arte o pequeno leitor seguirá, entretido, a historia de uma menina pobre; de uns pombinhos mansos; de uma velha engelhadinha e tremula; de um burrinho trabalhador: ou de uma mãe carinhosa, —parecendo-lhe ver: na menina pobre, a filha de um vizinho; nos pombos mansos, uns que lá vão a miude ao seu jardim, e aos quaes nunca mais fará mal; na velhinha, a sua avo querida: no burrinho trabalhador e paciente, o pobre burro magro de um carroceiro bruto; e, finalmente, na mãe carinhosa, a sua própria mãe!
Elle verá então com sympathia os que soffrem, affeiçoando-se assim á grande familia dos infelizes!
O nosso fito é a educação moral e esthetica; um desejo que, por ser bem intencionado, nos deve ser permittido.
Diligenciámos dar á fórma e ao estylo simplicidade e correcção, naturalidade e sentimento, coisas que se devem alliar principalmente nas paginas de propósito escriptas para crianças. A clareza dos conceitos o a verdade são elementos saudáveis para o seu espirito, que se vae assim formando sem esforço, bebendo seiva natural e vivificadora.
Não cremos que este pobre livro alcance em absoluto o nosso intento, mas temos a convicção de que não será inútil; porque, se não basta a boa vontade para se escrever uma obra que impressione e que corrija erros, são incontestavelmente de grande valor, para o espirito mobil das crianças, umas phrases bondosas, em que a virtude derrame o seu perfume suave, capaz de modificar Ímpetos de génio o indifferença pelo soffrimento alheio.
Que uma unica das crianças, que nos lerem, pratique, imitando um de nossos heroes, uma acção boa, e ficaremos bem pagas da canceira.
Temos lido muitos livros injustamente classificados, ou antes, destinados para a infancia. Que conteem, na sua maior parte? Historias insulsas e banaes, ou phantasias absurdas e intrincadas, que só uma intelligencia amadurecida pode entender.
Para a comprehensão das crianças toda a violência é mi. Se lêem com attenção, fatigam-se em busca da verdadeira idéa occulta entre os labyrinthos da phrase; se não lêem com attenção, se o fazem machinalmente, perdem um trabalho, que as enfada, e que nada de bom lhes deixa.
É preciso ter se consciencia de tudo o que se faz.
Diz P. J. Stahl, no prefacio do delicioso livro de Luiz Ratisbonne —Comédie enfantine— que é necessário alimentar o espirito das crianças, rumo o seu corpo, com o que ha de mais puro e silo.
E é bem certo isso.
Condemna com justiça esse escriptor os livros feitos ás dúzias, ao correr da penna, e destinados á infancia; livros sem relevo, sem aroma, e aos quaes está reservado o direito de fallar em primeiro logar e ao que ha de mais subtil, de mais fino e delicado neste mundo, —á imaginação e ao coração das crianças!
Alguns episódios podem ser tidos como não naturaes; são aquelles em que as flores faliam e os animaes raciocinam; mas isso mesmo o fizemos como tactica subtil, para tornarmos animaes e flores comprehendidos e estimados pelas criancinhas.
Assim, todas as nossas historias são simples; narrares de factos realizados, muitas. Julgamos que quanto mais approximado fôr da verdade o assumpto, mais interesse desperta em quem o lê. D'esta arte o pequeno leitor seguirá, entretido, a historia de uma menina pobre; de uns pombinhos mansos; de uma velha engelhadinha e tremula; de um burrinho trabalhador: ou de uma mãe carinhosa, —parecendo-lhe ver: na menina pobre, a filha de um vizinho; nos pombos mansos, uns que lá vão a miude ao seu jardim, e aos quaes nunca mais fará mal; na velhinha, a sua avo querida: no burrinho trabalhador e paciente, o pobre burro magro de um carroceiro bruto; e, finalmente, na mãe carinhosa, a sua própria mãe!
Elle verá então com sympathia os que soffrem, affeiçoando-se assim á grande familia dos infelizes!
O nosso fito é a educação moral e esthetica; um desejo que, por ser bem intencionado, nos deve ser permittido.
Diligenciámos dar á fórma e ao estylo simplicidade e correcção, naturalidade e sentimento, coisas que se devem alliar principalmente nas paginas de propósito escriptas para crianças. A clareza dos conceitos o a verdade são elementos saudáveis para o seu espirito, que se vae assim formando sem esforço, bebendo seiva natural e vivificadora.
Não cremos que este pobre livro alcance em absoluto o nosso intento, mas temos a convicção de que não será inútil; porque, se não basta a boa vontade para se escrever uma obra que impressione e que corrija erros, são incontestavelmente de grande valor, para o espirito mobil das crianças, umas phrases bondosas, em que a virtude derrame o seu perfume suave, capaz de modificar Ímpetos de génio o indifferença pelo soffrimento alheio.
Que uma unica das crianças, que nos lerem, pratique, imitando um de nossos heroes, uma acção boa, e ficaremos bem pagas da canceira.
Temos lido muitos livros injustamente classificados, ou antes, destinados para a infancia. Que conteem, na sua maior parte? Historias insulsas e banaes, ou phantasias absurdas e intrincadas, que só uma intelligencia amadurecida pode entender.
Para a comprehensão das crianças toda a violência é mi. Se lêem com attenção, fatigam-se em busca da verdadeira idéa occulta entre os labyrinthos da phrase; se não lêem com attenção, se o fazem machinalmente, perdem um trabalho, que as enfada, e que nada de bom lhes deixa.
É preciso ter se consciencia de tudo o que se faz.
Diz P. J. Stahl, no prefacio do delicioso livro de Luiz Ratisbonne —Comédie enfantine— que é necessário alimentar o espirito das crianças, rumo o seu corpo, com o que ha de mais puro e silo.
E é bem certo isso.
Condemna com justiça esse escriptor os livros feitos ás dúzias, ao correr da penna, e destinados á infancia; livros sem relevo, sem aroma, e aos quaes está reservado o direito de fallar em primeiro logar e ao que ha de mais subtil, de mais fino e delicado neste mundo, —á imaginação e ao coração das crianças!
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Product Details
BN ID: | 2940185670552 |
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Publisher: | Ediciones Media Fanega |
Publication date: | 10/24/2022 |
Sold by: | Barnes & Noble |
Format: | eBook |
File size: | 556 KB |
Age Range: | 9 - 12 Years |
Language: | Portuguese |
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